Competições de Lógica e Programação

No último sábado, dia 19 de novembro, eu passei por uma experiência gratificante, o que me inspirou a escrever sobre o assunto. Eu, meu namorado e mais dois estudantes de TI formamos uma equipe para participar da I Competição de Lógica e Programação da Universidade Feevale, onde estudamos. Para nossa surpresa, garantimos o 1º lugar na competição, o que foi maravilhoso. Por esse motivo, resolvi escrever sobre algumas competições de Programação que existem destinadas a estudantes da área de TI, pois talvez pessoas que poderiam ser grandes competidores, muitas vezes, nem sabem da existência dessas competições.

Algumas universidades podem realizar competições internas, como é o caso da Feevale. O evento de estreia foi organizado pelo Prof. Ms. Gabriel da Silva Simões. A competição começou às 9h30min e terminou às 16h30min. A primeira parte, que durou aproximadamente 1 hora, consistia em resolver problemas como aquecimento, apenas para ir familiarizando-se com o sistema. Em seguida, foram propostos problemas valendo para o resultado final. Os problemas exigiam interpretação, pensamento lógico, trabalho em equipe e capacidade de criar os programas em Java, a linguagem que deveria ser usada. Resolvido o problema, as equipes enviavam para um aplicativo criado na própria universidade que reconhecia o código como certo ou errado e colocava as equipes em ordem de solução. Não havia penalidade tempo para submissões erradas como há na Maratona Nacional de Programação. O 1º lugar seria concedido a equipe que resolvesse o maior número de problemas em menos tempo. A minha equipe ficou em 1º lugar, assim como outras duas equipes faturaram o 2º e o 3º lugar, como pode ser conferido no blog da Ciência da Computação.

Contudo, para quem quer ir mais longe, além das competições internas, existe a Maratona Nacional de Programação. Essa maratona surgiu em 1996 para substituir as competições regionais classificatórias no Brasil para as finais mundiais do concurso de programação da ACM (International Collegiate Programming Contest), também conhecida por ICPC. A competição é destinada a estudantes de graduação e início de pós-graduação da Computação e áreas afins. Ela é realizada em duas fases, a primeira regional, que é realizada em várias sedes simultaneamente e a segunda em uma sede nacional. As competições internas das universidades podem servir para selecionar para a Maratona, mas mais de uma equipe de cada universidade pode fazer a inscrição na primeira fase. As equipes são compostas por 3 integrantes que devem encontrar a melhor forma de resolver 8 ou mais problemas em 5 horas. Eles têm a disposição apenas um computador e alguns manuais e a cada submissão errada de um determinado programa, a equipe ganha uma penalidade de tempo. No final, ganha quem resolver o maior número de problemas no menor tempo, descontadas as penalidades. Na final nacional, os problemas são escritos em inglês. As melhores equipes na segunda fase, além de premiadas, serão selecionadas para participarem das finais mundiais. O grande campeão de 2011 foi o time representante da Universidade Federal de Pernambuco. É a sétima vez que a UFPE ganha a maratona de programação, assim como já conquistaram em 2010, o título de campeã entre os times latino-americanos no concurso mundial.

Em um último patamar, encontram-se as finais mundiais da ACM. O ICPC surgiu de uma competição realizada na Universidade A&M do Texas em 1970 e evoluiu para seu formato atual em 1977. As finais mundiais acabaram se tornando um evento de 4 dias sediado pelas melhores universidades do mundo. Incialmente, as equipes são escolhidas pelas eliminatórias regionais, na qual a Maratona de Programação envia seus representantes brasileiros, por exemplo. As equipes são compostas por 3 estudantes universitários que não podem ter excedido 5 anos de estudo na graduação ou devem ter idade inferior a 23 anos (somente um dos requisitos basta para participar). São propostos entre 8 e 11 problemas e os estudantes devem resolver o maior número deles de forma eficiente em 5 horas, sendo vencedor o time que resolver em menos tempo, em caso de empate. Também há penalidades para submissões erradas e, na final mundial, a eficiência do programa também é testada. Assim como na Maratona, os programas devem ser submetidos em C, C++ ou Java.

Para quem gosta de programar, monte sua equipe e comece a participar dessas competições. A participação está sendo cada vez mais valorizada pelas empresas na hora de contratar um profissional, pois estudantes classificados para etapas seguintes (nem precisa estar entre os campeões) mostram que sabem trabalhar em equipe e solucionar problemas envolvendo programação. Fica a dica!

Para maiores informações, acesse o site da Maratona de Programação.