Dias atrás, publiquei essa postagem relatando minhas impressões sobre a 16º edição do EDTED em Porto Alegre. Conforme prometi, considerem essa publicação como a parte II da minha “cobertura” do evento.
Comentei que na parte da tarde, assisti duas palestras mais a “mesa redonda” no final, digerindo muito conteúdo e provocando boas risadas.
Com a Teoria da Evolução das Mídias Sociais, o mestre Guanabara demonstrou que a ideia inicial dos computadores não tinha a intenção de comunicação, mas servir como uma ferramenta para auxiliar em outras estratégias.
Ainda na ARPANET, Ray Tomlison, um senhor que podemos considerar o “pai dos E-mails” desenvolveu uma alternativa de comunicação, isso por volta de 1971, o que foi considerado o primeiro E-mail da história. A partir disso podemos dizer que o primeiro E-mail no mundo foi o de Tolison, direcionado ao endereço “Tolison@bbn-tenexa”, sendo que a BBN (Bolt Beranek and Newman) era a empresa para qual o desenvolvedor trabalhava na época.
O tempo passou, os computadores evoluiram e em consequência disso, a rede que interligava esses equipamentos (não sendo definida como internet ainda), recebeu com o tempo uma aparência mais amigável, deixando assim de ser um recurso direcionado somente para órgãos militares e de ensino, chegando na casa de usuários domésticos também. Nessa época da história, os usuários já estavam familiarizados com os conceitos quanto “enviar um E-mail”.
Um rapaz chamado Evan Williams criou um serviço curioso, com a ideia principal de “diário virtual”, o Blogger foi um dos primeiros serviços para gerenciamento de blogs que surgiu, lembrando ainda que Williams recebeu os méritos quanto a popularização dos blogs na internet. Mais tarde, quando os conceitos dos tais “diários na rede” já estavam se concretizando e as redes sociais já estavam entre nós também, Evan não estava satisfeito, e resolveu criar um “mini diário virtual”, mais conhecido nos dias de hoje como Twitter.
Uma conclusão que o amigo Guanabara comentou na palestra dele foi que as pessoas gostam de comentar a vida alheia, gostam também de estar próximo dos seus ídolos, tornando os seus desejos e necessidades algo quase que real.
“Eu sou uma marca, sou foda e posso fazer melhor”, na realidade, Tiago Luz, mais conhecido como Doc Luz não iniciou sua palestra com a frase anterior, mas comentou a mesma várias vezes. Search no e-commerce: como funciona e como gerar resultados com o Google foi o título da palestra do Doc.
Muita gente tem o hábito de comentar “os detalhes fazem toda a diferença”, e se realmente não fizessem, o Doc não seria o que ele é hoje. A tarefa principal do Doc pode ser definida como um estrategista de conteúdo digital, até porque, pensar em estruturas de botões, cores amigáveis, analisando os “pontos quentes” de uma loja virtual, tudo pensando em melhores resultados de vendas, não é para qualquer um. Somente um profissional com uma boa bagagem de conhecimento e experiência pode demonstrar bons resultados.
Pensar nas necessidades dos consumidores virtuais e analisar as suas preferências é o foco do trabalho. Pois, se a venda não é feita no primeiro acesso, mas a “inteligência” do site tem o potencial de definir os gostos do usuário e saber identificar quando ele retornar, as possibilidades de vendas aumentam com uma segunda chance.
O estudo dos hábitos das pessoas também é fortemente necessário, de forma que isso vai demonstrar um bom resultado com a mudança do local do botão “Comprar” de um e-commerce, talvez a cor também e porque não a tag do botão, por exemplo.
Doc também comenta a necessidade de analisar a concorrência, saber o que “os outros” estão oferecendo e tentar definir as expectativas baseado no que os concorrentes oferecem.
Por último, a “mesa redonda” (que na verdade não havia mesa alguma) estava composta por Tiago Luz, Léo Prestes, Léo Balter, Felipe de Moura, Gustavo Alberti e (faltou alguém aí?), visto que a mesa não estava formada conforme a programação do evento, pois o Guanabara precisou sair mais cedo e o Renato Rosa não conseguiu comparecer.
Inicialmente os profissionais presentes se apresentaram (novamente) e contaram um pouco da sua carreira na tecnologia ou na comunicação. O Doc falou mais que todos, o que não foi nada fora do normal, junto com as suas piadinhas infames.
O assunto principal da conversa foram as Oportunidades no Mercado de Trabalho. Os caras frisaram fortemente na falta de profissionais qualificados, assim como também, a dificuldade existente em manter um bom profissional nas empresas.
Segundo relatos, trabalhar com jovens profissionais hoje é um tanto complicado. Até porque, grande parte deles, na primeira oferta para trocar de emprego, ganhando alguns trocados a mais, não pensam muito e logo solicitam sua saída do atual emprego. Ou ainda, na primeira divergência que existe entre eles e seus superiores, os jovens pedem sua rescisão e vão trabalhar como freelancer.
Um dos presentes na discussão (não lembro quem foi), comentou que o pessoal do RH da empresa onde ele trabalha, geralmente pedem “boa sorte” antes de uma entrevista, solicitando um voto de confiança para que o profissional entrevistado seja bom em uma primeira impressão.
Praticamente todos na discussão trabalham com publicidade, e obviamente parte das experiências presenciadas são voltados para o ramo da diagramação visual, estratégias digitais e comunicação.
Agora uma curiosidade minha, no nosso meio sempre escutamos falar sobre a falta de profissionais na área de tecnologia da informação. Mas e a comunicação, da forma que percebemos hoje, não é TI também? Então, as estatísticas quanto a falta de profissionais que trabalham com tecnologia estão mais altas do que parecem.
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