Durante essa semana ocorreu o Futurecom, o maior evento voltado para a área de telecomunicações na América Latina. A conferência aconteceu entre os dias 8 e 11 de outubro no Riocentro (Rio de Janeiro – RJ), contando com diversas personalidades do ramo da tecnologia.
Diversas discussões quanto ao futuro das telecomunicações envolvendo os países latino-americanos foram promovidas durante o evento, incluindo situações que descrevem o setor no Brasil. Contudo, revelações foram anunciadas pelo presidente da Federal Communications Commission (FCC), orgão regulador das telecomunicações e radiodifusão nos EUA, Julius Genachowski, levantando questões quanto ao aproveitamento da banda larga nos EUA e seus investimentos.
O executivo comentou que para desenvolver o uso e “conectar toda a população” o governo americano fez parcerias com empresas difusoras oferecendo o serviço por $ 10 dólares em um custo mensal. Genachowski ressaltou que nesse ano o governo investiu cerca de US$ 6,3 bilhões de dólares para a expansão da banda larga, sendo que US$ 4,5 bilhões desse valor foram destinados ao fundo para o desenvolvimento do acesso em áreas rurais e mobilidade. Segundo o presidente, além desse investimento inicial, mais de US$ 2 bilhões de dólares foram reservados para o desenvolvimento da banda larga em escolas e bibliotecas públicas.
É importante lembrar que nos EUA cerca de 10% da população vive em lugares sem infraestrutura para uso das conexões de alta velocidade.
O demonstrativo da base de investimentos realizados pelo governo dos EUA em infraestrutura fez com que Francisco Valim, presidente da Oi, que também participava do evento, comentasse a seguinte frase “O país mais capitalista do mundo subsidia US$ 4,5 bilhões por ano para acesso a internet. Quer dizer que acredita que a banda larga é importante.”. Segundo fontes, seria uma leve “alfinetada” ao governo brasileiro para que esteja atento as questões referentes e tome como exemplo no nosso país.
Fontes: Exame, R7 Notícias e Valor Econômico