Conheça algumas das pragas criadas para essa plataforma.
É notável a campanha de divulgação do Linux toda vez que aparece um novo vírus ou brecha de segurança no Windows. Segundo esses usuários, instalar qualquer versão do Linux seria a solução para os problemas de segurança enfrentados por usuários do Windows. Mas por que os usuários de Linux enfrentam tão poucos problemas? E pode ser a troca de sistema a solução?
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e deixe-a na seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
O Linux não está livre de pragas digitais, e a história está aí para provar isso. Diversos códigos maliciosos foram criados para atacar o sistema, especialmente na década de 90, quando muitos vírus eram criados pelos chamados “grupos de VX” — jovens interessados em desafiar antivírus e provar conceitos.
Esses vírus eram capazes de infectar executáveis Linux no formato conhecido como ELF. Devido ao baixo uso da plataforma — que era ainda menor na época — essas pragas encontraram dificuldades para se espalhar e a grande maioria não saiu de laboratórios.
Os programadores de vírus conseguiram, no entanto, criar códigos multiplataforma, capazes de infectar aplicativos Windows e Linux, nas duas plataformas. O vírus Pelf ou Lindose, cujo nome deriva de PE+ELF ou Linux+Windows (PE é o formato de programas no Windows, ELF, do Linux), foi uma dessa pragas. Criado em 2001, a autoria do código é do conhecido grupo 29A, notável por criar pragas tecnicamente complicadas e inovadoras. Hoje extinto, o 29A (“666” em hexadecimal) também criou o primeiro vírus para Windows 64-bit e as primeiras pragas para smartphones Symbian e PocketPC.