No último sábado (08/10/11), a comunidade nerd perdeu mais um membro. Seu nome é Dennis Ritchie, ninguém menos que um dos criadores da linguagem C e do sistema operacional Unix.
Entre 1969 e 1973, Ritchie dedicou-se ao desenvolvimento da linguagem C, sendo que desde então os programadores usavam linguagens como Assembler ou Assembly (para os chatinhos), a qual é considerada uma linguagem de “baixo nível”, trabalhando diretamente com o hardware da máquina, ficando vinculada sempre a essa estrutura física.
Com o C é como se existisse uma camada entre o hardware e o programador, sendo que essa faz toda a tradução necessária, existindo assim uma universalidade entre as questões de compatibilidade, não trabalhando diretamente com o baixo nível, ou como diria um professor, “trabalhando na baixaria”.
Pode-se dizer que esse senhor que viveu até seus 70 anos, trabalhou na base de grande parte de toda a inteligência computacional que temos hoje, até porque, se a linguagem C não existisse, não teriamos o Unix. E se o Unix não existisse não teriamos sistemas operacionais como o Linux, o MacOS da Apple e mesmo o mais “hypezinho” das paradas, o Android da Google. Lembrando que o Unix foi a base para o desenvolvimento de todos esses sistemas, sendo que podemos afirmar que o “coração” deles ainda se alimenta das principais linhas daquele velho código escrito na década de 1970, quando o sistema foi criado.
O Unix foi desenvolvido em C, portanto, além de criar a fonte de tudo, Dennis foi capaz de desenvolver algo que se tornaria de uso mundial, e com uma relativa vida útil interminável, ao menos até os dias de hoje.
Em 1983, Dennis recebeu o prêmio Turing por todas as suas contribuições com a comunidade de “micreiros”, em 1999 recebeu a medalha nacional de tecnologia nos EUA e nesse ano (2011), recebeu o “Prêmio Japão”, consagrado pelos méritos da Informação e Comunicação.
Considerado por muitos programadores como uma “bíblia”, Dennis escreveu o livro “The C Programming Language“, escrito juntamente com seu amigo Brian Kernighan, por isso o fato da obra ser frequentemente chamada de K&R.
Fonte: Meio Bit e G1 Tecnologia