Hoje, a Apple Inc., o controverso e visionário sonho de Steve Jobs e Steve Wozniak, completa seus 34 anos de existência. Curiosamente, no dia 1º de abril de 1976, em Cupertino (Califórnia), surgiu a empresa que iria rescrever a história ao criar o segmento da computação pessoal.
Fonte de inúmeras e intensas emoções para seus admiradores, e responsável por repetidas e inesperadas reviravoltas mercadológicas que a indústria não pode ignorar, a Apple é dona de uma assinatura criativa que não segue tendências. Em vez disso, ela faz questão de antecipar o futuro, enquanto o mundo vai se acostumando a compreender aos poucos a importância dos produtos que nascem deste celeiro de mentes brilhantes.
Sempre almejando com maestria o estado da arte, desde a concepção até o processo de fabricação aliados à inovação tecnológica, ela nos trouxe ícones como o Apple I, que foi o início de tudo, em junho de 1976; o Macintosh e a primeira interface gráfica utilizada comercialmente, em 1984; o iMac, como primeiro hub digital pessoal, em 1998; e, finalmente, em 2001, o Mac OS X (*coff! coff!* cá pra nós, o melhor sistema operacional disponível no mercado).
O espírito irrequieto e visionário, herdado dos seus fundadores e nem sempre compreendido por alguns dos presidentes que estiveram no comando da empresa, nunca foi facilmente saciado. Foi em 1991, com o PowerBook, que a Apple definiu o formato e a ergonomia presentes até hoje nos laptops, criando uma categoria de computadores em que o desenvolvimento de projetos visando a atender uma futura demanda por recursos computacionais em todos os momentos do cotidiano ganhou força.
Depois, veio o Newton MessagePad em 1993, que estava muito à frente do seu tempo no ramo de PDAs. Mas com o retorno de Steve Jobs ao comando da Apple, vieram o iPod, em 2001, e a iTunes Store, em 2003, que revolucionariam juntos o mercado de música. Em 2007, o iPhone foi apresentado ao mundo, transformando de vez o conceito de celulares e a forma como interagimos com dispositivos portáteis, estabelecendo de vez a computação móvel nas nossas vidas.
A App Store, loja integrada à iTunes Store para venda de jogos e aplicativos, tornou-se um sucesso à parte, criando uma indústria bilionária ao permitir que qualquer pessoa criasse e vendesse seus próprios aplicativos, bastando cadastrar-se junto à Apple. E, neste sábado, será a vez do iPad de começar um novo capítulo na história desta empresa, ao preencher uma categoria de gadget que até então não tinha sido devidamente atendida pelo mercado.
Enfim, resumir a história de uma empresa como a Apple em um único artigo é uma tarefa ingrata, pois não existe espaço para traduzir todas as suas criações, a importância que cada uma tem e as devidas consequências de cada novo passo. É negligenciar a sua real importância para o futuro da computação, é não ter como citar cada nome que povoa a leitura dos que acompanham a sua trajetória, e daqueles que se regozijam com suas conquistas.
No entanto, para mim, a mais valiosa conquista obtida pela Apple em todos esses anos não poderá ser medida por sua lucratividade, ou por qualquer índice de mercado comumente utilizado (apesar de eles irem bem, obrigado). Seu maior patrimônio é a legião de fãs que a marca conseguiu até hoje e que não para de crescer. Uma comunidade formada por usuários bem educados, cultos, criativos, dinâmicos, eternamente jovens apesar da idade. Pessoas, que assim como a própria empresa, não se cansam de pensar diferente!
Apple, hoje o dia é seu.
Feliz aniversário!
[Texto Digitado na Integra pela equipe do Macmagazine]