Meu nome é Gustavo Cristófori e para você que tem fome de tecnologia sirva-se do nosso banquete de conhecimento.
Para dar conta de uma operação que atende a 43 milhões de assinantes, a Vivo tem 22 sistemas críticos de TI. Um ambiente complexo, que acaba de ser organizado para melhorar o desempenho. “A percepção do tempo de resposta variava conforme o sistema e usuário”, conta Carlos Pereira, gerente de implantação de capacidade de sistemas da Vivo, em São Paulo. “Em alguns casos isso acontecia por novas implementações que entravam em produção escapando à homologação” , diz ele, referindo-se ao processo de validação e teste de um programa pelo departamento de TI da empresa.
Várias razões geravam os problemas de performance de sistemas. Por exemplo, a pressa de algum departamento da Vivo em fazer um sistema novo entrar em funcionamento, devido a mudanças na regulamentação do setor de telecomunicações. Ou a diferença entre o volume de dados usado no teste de homologação do programa e o manipulado quando o software opera para valer – então, o que parecia funcionar como um relógio acabava atrasando os ponteiros da velocidade.
Segundo uma pesquisa da Forrester Consulting, encomendada pela produtora de software Compuware, 64% dos executivos de tecnologia entrevistados acreditam que suas empresas perdem dinheiro, em volume relevante, com aplicações de software de baixo desempenho. Pior era descobrir que muitas vezes as ferramentas de monitoramento de sistemas não pegavam a baixa performance das aplicações. É o caso de 64% dos executivos entrevistados pela Forrester, que só tomavam ciência do problema quando o usuário reclamava da performance. A solução da Vivo foi atacar o problema com um grupo de trabalho, que resultou na criação do Centro de Excelência em Gerenciamento e Performance de Sistemas. O Centro monitora a performance dos 22 sistemas críticos e foi implementado em 18 meses de trabalho.
A empresa Inmetrics foi contratada como parceiro no centro, depois de ter sido chamada para uma primeira etapa do trabalho. Foi uma contratação emergencial, que aconteceu porque executivos de TI da Vivo, que eram oriundos de outra operadora, já haviam trabalhado antes com a empresa especializada em performance. Depois a Vivo fez uma licitação entre fornecedores (conhecida como RFP, pedido de propostas) e a Inmetrics ganhou o contrato.
Os objetivos da Vivo em montar o Centro não se resumem à melhoria do tempo de resposta dos sistemas. “Quando maior o investimento em performance, menor é o valor gasto depois em renovação de hardware”, diz Pereira. Além disso, a racionalização do desempenho dos sistemas ajuda também a diminuir o número de licenças de software necessárias para a empresa, ou seja, mais economia.
Em termos numéricos, a Vivo afirma ter conseguido 120% de melhora no tempo de resposta no ERP e redução de 85% no tráfego dos sistemas via web. Houve redução efetiva no número de PC alocados para os sistemas de prevenção a fraudes e atendimento da loja virtual. Pereira diz, sem citar números, que o contrato com a Inmetrics foi de valor expressivo.
[Fonte] Info Corporate